quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Noite!



Noite


No silêncio da casa

Silêncio profundo

Parece que estou

Sozinha no Mundo

As saudades avivam

O pensamento voa

No escuro da noite

Até o silêncio soa


Toda a vida já passada

Regressa em frenesim

Não dá p'ra fugir dela

Ela está dentro de mim

E revivo a vida

Passada, Presente

Sensações saudosas

De quem muito sente


E sinto a presença

Dos entes queridos

Mesmo que tenham

Há muito partido

E sinto que a noite

Apesar de sombria

Minha amiga se torna

Não a sinto vazia!


E gosto da noite

Silenciosa e escura

Onde revivo o Passado

Com tanta ternura....


Noite...

No silêncio da casa....


Letinha

10/08/2005

1 comentário:

Helder Ponte disse...

Letinha,

Mais um poema sublime! Estou a lêr-te a meio da noite (é mesmo muito tarde, só, no silêncio da casa, parece que estou sózinho no mundo...), e sinto mesmo o que tão bem descreves! Estar à noite só, traz-me um frenezi tranquilo de ideias, imagens e recordações tão vívidas, que às vezes penso que as estou a viver ao real nesses momentos.

Continua, querida e prendada amiga, a partilhar com o mundo a magia do jogo de palavras e sentimentos que tão bem sabes conjugar.

Um Abraço,

Helder