terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Dádiva de Agosto

Dádiva de Agosto




A poesia de quem sente
E vive, com gosto, a Vida
Dádiva muito querida
Que me deram num Agosto!
E mais me deram meus pais
Desde Amor a Educação
Que Saudades dessa união
Que perdi e não tenho mais!

Resta-me a poesia
Que me deixaram também...
Minha mãe rimas fazia
Como ela rimava bem!
Meu pai...ah! meu pai
Amigo de muito querer...
Que falta me faz aquele
Que me ensinou a viver!

Ambos se foram, um dia
Sem espaçarem o tempo
Deixaram-me sem um alento
Numa triste melodia...
É da memória que fica
Presa no fundo da alma
Que hoje tiro a genica
Que me enleia e me acalma

E eles vivem comigo
Nos actos e no sentir
E por isso ainda digo
Nunca me vou despedir!

Letinha
2006

Sem comentários: