sábado, 31 de maio de 2008

Ontem... e Hoje!



Ontem... e hoje!


Ontem,
Criança ainda
Pelos campos eu corria
Às mangueiras eu subia
Com vontade de cantar
Hoje,
Avó brejeira
Já não subo à mangueira
E voz rouca à maneira
Ao Fado me vou dedicar!

Ontem,
Menina vaidosa
Olhando presunçosa
Quem de forma curiosa
Me estava a observar
Hoje,
Foi-se a vaidade
Pois a minha mocidade
Há muito a vi passar!

Ontem,
Jovem sonhadora
Profissão de professora
O Mundo queria mudar
Hoje,
Mulher com desalento
Resta-me o sentimento
De continuar a tentar!

Ontem...
Esperança e Ventura
Hoje
Desilusão e Amargura

Letinha
Outono 2006

terça-feira, 27 de maio de 2008

O prazer de Brincar









O prazer de Brincar






O prazer de brincar com as palavras
É paixão, é amor e diversão
Dizendo, a brincar, nossas mágoas
E o que vai no nosso coração!

Não tenho a pretensão
De poetisa me tornar
Vendendo este gosto
De, com palavras, brincar!
Não uso palavras caras...
Não uso os tais "chavões"
Quero que a poesia
Chegue a todos os corações!

E se a gente gostar
Desta minha poesia
Objectivo atingido!
Com prazer e alegria!

Letinha

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Dor e Sofrimento



Dor e sofrimento



Há quem sofra por amar
Outros por amor não ter
Há ainda os que gostam
De recordar o padecer...
Há aqueles a quem a dor
Torna o espírito mais forte
E há os que ao sofrer
Pensam na liberdade da morte!

Mas a verdade é que a Vida
Nos dá uma grande lição
Ou rimos do sofrimento
Ou vivemos em aflição!
Eu tenho por filosofia
À Vida dar gargalhada
Se pensa que me derrota
Está a ser bem enganada!

Não pensem que não sofri
Não sofro ou sofrerei
Mas também muito me ri
Com a vida que arranjei
"Asneiras" a toda a hora
Sou perita em arranjar
Mas depois é um fartote
Recordar o "asneirar"

Não sei o que me aguarda
A minha Vida futura
Mas vou continuar alegre
Rindo com muita Ternura!!!

Letinha

sábado, 17 de maio de 2008

Viagem




Viagem


Se está nas nossas mãos
Tomar outras direcções
Também há ocasião
Em que mandam os corações
E se o leme mental
Nos manda em frente seguir
O "piloto" coração
Não quer deixar de sentir....

E vai alterando o rumo
Faz voltas na nossa viagem
Deixa de seguir o vento
Segue só a triste aragem
Ouve da sereia, o canto
Fica p'lo canto, encantado
Quer aportar no remanso
Não quer ir p'ra outro lado...

E se o leme...prudente
Recusa voltas, rodar
O piloto, descontente
Solta o leme de repente
E fica num canto, a chorar!

Letinha
Agosto 2006

sábado, 10 de maio de 2008

Ainda... sinto!



Ainda…sinto!



Hoje foi mais um dia
Outro dia que passou
Tenho que agradecer…
O meu tempo não acabou!

Pois se tudo nesta Vida
Que começa, tem um fim
Espero que ainda tenha
Muito tempo para mim…

Ainda gosto de rir
De brincar como criança
Ainda acredito em Deus
Ainda tenho Esperança!

Ainda choro sentida
Com emoções de carinho
Ainda choro de tristeza
Por um menino sozinho!

Ainda grito de raiva
P’las injustiças do Mundo
Ainda grito de fúria
Por mágoas que calam fundo!

Ainda sinto Saudade
Do Passado que passou
Ainda sinto Saudades
Do que p’ra trás se deixou!

Ainda sinto a presença
Dos amigos bem queridos
Ainda sinto a presença
Dos meus queridos, já partidos!

Ainda sinto a Paixão
Por amores já perdidos
Ainda sinto o Amor
De momentos tão sentidos!

Ainda…

E se tudo nesta Vida
Que começa, tem um fim
Eu peço a Deus que me dê
Muito tempo para mim!!!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Primavera



Primavera!



Que Primavera tão linda
Há no peito de quem tem
Amigos e Sentimentos
Espalhando só o Bem!
E as flores que se abrem
Num peito assim tão florido
São fruto das Emoções
De um tempo não esquecido!

No tempo em que cresci
E formei a minha alma
Não tinha tudo o que queria
Tinha Amor e muita Calma!
Não tinha lutas em casa
Nem notas de mil, na mão
Não comprava a Alegria
Tinha Amor no coração…

E sabia que meus pais
Tinham tempo para mim
Que saudades desse tempo
Em que a Vida era assim…

Letinha

sábado, 3 de maio de 2008

Dia da Mãe

Um dos muitos quadros desenhados por minha mãe, a lápis de carvão


Comemora-se amanhã, 1º domingo de Maio, o Dia da Mãe!

E como não pode deixar de ser, recordo em especial a Minha mâe, que me "deixou" em 1997...


Dedico este poema a TODAS as MÃES que merecem esse nome!


Minha Mãe


Que saudades eu tenho
Da minha Mãe Querida
Partiu um dia, para Deus
Deixou-me só nesta Vida!

Sinto a falta do sorriso
Que, de manhã, me dava
Sinto a falta daquele beijo
Quando à noite me deitava
Sinto a falta dos conselhos
Quando perdida estava
Sinto a falta do apoio
Quando triste me encontrava
Sinto a falta da Alegria
Quando ria para mim
Sinto a falta da certeza
De "nunca" chegar o fim...

Mas veio o fim, desespero
De perder quem tanto amei
E foi a primeira vez
Que para trás eu fiquei!

Hoje vivo recordando
Com ternura e emoção
Trazendo-a sempre comigo
Dentro do meu coração!


Mãe, tenho MUITAS SAUDADES TUAS!!!!

A minha mãe faleceu em 1997!
Letinha

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Humanidade




Humanidade!



Ser Humano é ter valores
De Respeito, Amor, Verdade!
Mesmo se a Vida é de dor
E contém muitos temores
Defendo a Humanidade!

O Humano que hoje em dia
Diz estar em agonia
Quando um filho aparece
Esquece a Esperança
De recriar a Aliança
Que o Futuro merece!

Há muita mulher que sofre
Muitas vezes porque arranja
Uma vida de sofrer
Anda por aí à toa
Vai com qualquer pessoa
E consequências não quer!

A mulher tem no seu ventre
A protecção do inocente
Que espera protecção!
Nada pode decidir
E depende, para existir
Que lhe dêem ocasião!

Não sabe o que será
Apenas que quer nascer
Seja p’ra rir ou sofrer
Depois logo se verá…

A mulher tem o dever
De alimentar e proteger
O seu corpo, o seu ventre
E tudo o que lá contém
Merece respeito também
Pois é o Futuro presente!

Um feto nunca é
Uma digestão mal feita
Uma espécie de maleita
Que se deve extirpar…
Não é uma prisão de ventre
Que nos põe mal e doente
Até se poder c…..!



Se querem vê-lo assim
Como doença a tratar
Então que façam primeiro
O que se faz no estrangeiro:
“Mulheres para esterilizar!”

Por fim abram as vagas
Aos excelsos cientistas
Que, com as suas largas vistas
Já começaram a clonar
E façam também catálogos
Em tudo, muito análogos
Aos que a moda está a usar!

- Quero um filho para o ano
Que neste, não me dá jeito
Vou de férias…tenho planos
E para que não haja enganos
Quero um filho são e escorreito!

Se vier sem condições
Ao lixo o vou deitar
Ainda não é humano…
É uma coisa…um engano…
Não me podem castigar!

E ninguém pode dizer
Que defende o que há-de vir
Ninguém consegue prever
Se um génio vai nascer
Ou se um louco vai sair…

E muitos casos conheço
De crianças desejadas
Que, no futuro risonho,
Foram umas desgraçadas…

E outras, bem mal-nascidas
Criadas ao Deus dará
Quando tomaram suas Vidas
Foram do melhor que há!


Quando a Mulher tem direito
Sobre a Vida e sobre a Morte
De seres que dela dependem
Com a desculpa “sublime”
Que a sua vida defendem….

Então está tudo dito!

Já não há mães, há carrascos
Não há juízos, há emplastros…
Não há crianças, há projectos…
Não há Amor, há Paixão
Não há Valor, há extorsão
Não há Humanidade….
…há dejectos!

11/02/2007
Letinha